LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
1º Trimestre de 2019
Título: Rumo à Terra
Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números
Comentarista: Reynaldo
Odilo
Lição 3: Santidade —
Requisito para a conquista
Data: 20 de
Janeiro de 2019
TEXTO DO DIA
“E não profanareis o meu santo
nome, para que eu seja santificado no meio dos filhos de Israel. Eu sou o
SENHOR que vos santifico” (Lv 22.32).
SÍNTESE
A busca pela santidade é o requisito
primordial para a preservação da salvação.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Hb 12.14
Santidade, um alvo a ser perseguido
TERÇA — 1Pe 1.2
Santidade, um alvo do Espírito Santo
em nós
QUARTA — Gl 5.16-21
Santidade para não dar lugar às obras
da carne
QUINTA — 2Co 7.1
Santidade, uma virtude a ser
aperfeiçoada
SEXTA — 1Ts 4.3
Santidade, a vontade de Deus
SÁBADO — 1Pe 1.16
Santidade, a essência de Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
· DISCORRER a
respeito da natureza das leis repetidas pelo Senhor no deserto do Sinai;
· EXPLICAR o
teor da bênção sacerdotal, o valor espiritual das ofertas e a grandeza da
consagração levítica;
· DEMONSTRAR a
importância da comunhão com Deus no deserto.
INTERAÇÃO
Considerando que os encontros com
seus alunos acontecem somente nos domingos, busque uma maior interação com eles
durante toda a semana, por intermédio das redes sociais. A comunicação virtual
pode ser bastante útil para estimular o estudo prévio da lição, como por
exemplo — convidar os alunos faltosos para as aulas, parabenizar os
aniversariantes, etc. Use sua criatividade, conquiste seus alunos, pois muitos
deles estão ávidos pelo estudo da Palavra de Deus.
Ore e peça ao Senhor que lhe conceda
estratégias para fortalecer o elo de amizade e comunhão com os alunos. Peça
também sabedoria para cuidar daqueles que por ventura desfaleceram pelo caminho
e estão sem forças para prosseguirem.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para desenvolver o
primeiro tópico da lição, escreva no quadro a palavra “pureza”. Em seguida
pergunte aos alunos o que vem a mente deles quando ouvem essa palavra. À medida
que forem falando vá relacionando as palavras no quadro. Em seguida procure
relacionar as palavras citadas pelos alunos e o significado delas. Depois faça
a seguinte indagação: “Qual é o antônimo de pureza?”. Após reproduza o esquema
abaixo no quadro e explique o significado real da palavra e o seu antônimo. Em
seguida peça que leiam o Texto do Dia. Diga que Deus é santo e exige santidade
dos seus filhos(as). Mostre que a falta de santidade impede a nossa comunhão, o
nosso relacionamento com Deus.
TEXTO BÍBLICO
Números 7.1-7.
1 — E
esta é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é.
2 — No
lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o
seu sangue se espargirá sobre o altar em redor.
3 — E
dela se oferecerá toda a sua gordura, a cauda e a gordura que cobre a fressura;
4 — também
ambos os rins e a gordura que neles há, que está sobre as tripas; e o redenho
sobre o fígado, com os rins, se tirará.
5 — E
o sacerdote o queimará sobre o altar em oferta queimada ao SENHOR; expiação da
culpa é.
6 — Todo
varão entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa santíssima
é.
7 — Como
a oferta pela expiação do pecado, assim será a oferta pela expiação da culpa;
uma mesma lei haverá para elas: será do sacerdote que houver feito propiciação
com ela.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Paulo
disse que não se aborrecia em fazer as mesmas advertências, porque era
segurança para os crentes (Fp 3.1). O Senhor, igualmente, no deserto do Sinai,
depois de algumas providências administrativas, também repetiu várias leis (Nm
1 e 2). Deus estava advertindo os filhos de Israel que, para chegarem à Canaã,
era preciso obedecerem à sua Palavra, o que propiciaria àquele povo o padrão de
plenitude moral exigido pelo Senhor, conduzindo-os a um estado doutrinário e
cultural marcado pela pureza — viveriam em santidade.
Deus,
naquele momento, estava apontando fortemente para a santidade dos hebreus,
virtude sobre a qual não havia nenhum referencial no Egito; porém, agora, o
Senhor expedira muitas determinações comportamentais. Os filhos de Israel,
assim, tinham um grande desafio pela frente — o maior — serem santos. Se eles
vencessem esta guerra interior contra o pecado, a Terra Prometida seria
conquistada gloriosamente.
I. A REPETIÇÃO DE ADVERTÊNCIAS
1. Pureza social. O processo, ou caminho, para se chegar à
santidade chama-se santificação. É uma estrada interminável. Somente quando se
chegar ao Céu é que se alcançará a estatura de varão perfeito. Nesse sentido,
os descendentes de Abraão tinham muito o que aprender.
Em Número 5.1-10 o Senhor tratou a
respeito da pureza social. Deus, portanto, para proteger o seu povo, determinou
que os contaminados pela lepra, ou por fluxo corporal ou por terem tocado num
morto, fossem lançados fora do arraial; bem como tratou acerca da restituição
de quem causasse prejuízo a outrem. O povo de Deus tinha de ter pureza em todos
os aspectos. Assim, os hebreus deveriam se livrar de “toda a aparência do mal”,
de tudo o que fosse prejudicial ao espírito, à alma ou ao corpo.
O cuidado de Deus era para que
houvesse uma normatização justa das relações sociais. Dessa forma, os que
aparentavam algum tipo de “contaminação” biológica deveriam ser apartados do
povo até que ficassem purificados; e os que tivessem comportamento inadequado,
restituíssem devidamente aos prejudicados. Não é demais lembrar de que, como
diz 1 Coríntios 10.6: “E essas coisas foram-nos feitas em figura […]”.
2. Pureza nos relacionamentos. Em Números 5.11-31 o Espírito do Senhor
tratou a respeito da pureza no casamento. Essa lei era muito valiosa para as
famílias, pois evitava que as esposas sofressem injúrias ou difamações
levianas.
Na família de uma nação santa, os
cônjuges precisavam viver em paz, sem acusações infundadas. Ainda que o
procedimento prescrito por Deus pareça rudimentar, era o único compatível em
face da dureza de coração dos hebreus, conforme Jesus mencionou (Mt 19.8).
3. Pureza espiritual. Em Números 6.1-21, Deus estabeleceu o padrão
da pureza espiritual, para quem quisesse consagrar-se a Ele — o nazireado.
Impressiona como, nos dias atuais, as pessoas querem servir a Deus de qualquer
maneira. A mulher, de acordo com o texto sagrado, também podia fazer voto de
nazireado (Nm 6.1,2).
Pense!
Na Igreja de Cristo, a mulher tem
importantes tarefas na expansão do Reino de Deus.
Ponto Importante
Homens e mulheres são iguais perante
Deus.
II. O CAMINHO DA CONSAGRAÇÃO
1. A bênção de Deus. O acampamento estava em ordem e os israelitas
encontravam-se preparados para marchar. Nesse cenário, Deus relembrou algumas
leis que versavam sobre a santidade do seu povo no aspecto social, relacional e
espiritual (havia inúmeras outras leis, mas o Espírito Santo fez questão de
repetir essas). Deus mostrara o caminho da consagração.
Num primeiro instante, “o SENHOR, que
ama a prosperidade do seu servo” (Sl 35.27), ensinou que os sacerdotes deveriam
abençoar os filhos de Israel da maneira mais ampla possível, de modo que o seu
nome trouxesse proteção, presença e paz através das palavras proferidas pelos
sacerdotes (Nm 6.24-26). Observa-se que, com a bênção sacerdotal, o Senhor
vinculava seu nome, ou seja, seu caráter, ao povo de Israel.
Na oração do “Pai Nosso”, Jesus fez o
mesmo quando ensinou seus discípulos a orarem dizendo: “[…] santificado seja o
teu nome” (Mt 6.9).
Quando, tempos depois, Balaão, o
falso profeta, tentou amaldiçoar o povo de Israel, teve de pronunciar as
seguintes palavras: “Não viu iniquidade em Israel, nem contemplou maldade em
Jacó; o SENHOR, seu Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de
um rei. Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio. Pois
contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo
se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito!” (Nm 23.21-23). Somente
uma coisa poderia trazer desgraça ao povo: o pecado. Enquanto o Senhor não
contemplasse iniquidade em Israel, o seu meu nome estaria sobre os filhos de
Israel, e Ele os abençoaria (Nm 6.27).
2. A bem-aventurança do doar. Os 88 primeiros versículos de Números 7
informam uma longa lista de ofertas trazidas em doze cultos, mencionando o dia
em que cada um dos príncipes das tribos as deveria apresentar. Elas eram
iguais, mas Deus — que não esquece do trabalho das mãos dos seus servos — fez
questão de especificar as contribuições individualmente. O Senhor estava
satisfeito com a voluntariedade do povo e, por isso, registrou tudo. Em
consequência, no versículo seguinte está escrito a respeito da aprovação de
Deus, ao se mencionar que “quando Moisés entrava na tenda da congregação para
falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório,
que está sobre a arca do Testemunho entre os dois querubins; assim com ele
falava” (Nm 7.89). Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). A questão
relevante a respeito das ofertas dos israelitas não era a quantidade somente,
mas também a voluntariedade e alegria com que eram trazidas.
3. Obediência no chamado. Em Números 8 o Altíssimo demonstra que o
caminho da consagração do povo passa pela obediência ao chamado e,
consequentemente, a purificação dos levitas. Interessante que, em primeiro
lugar, o Senhor determina que Arão acenda as lâmpadas; uma vez o santuário
iluminado, o ritual de purificação dos levitas, por Moisés, começaria. Tudo no
santuário deveria ser feito às claras, sob a orientação de Deus.
Concluída a ordem divina, “[…] vieram
os levitas, para exercerem o seu ministério na tenda da congregação, perante
Arão e perante os seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos
levitas, assim lhes fizeram” (Nm 8.22). Os levitas não podiam estar diante do
povo pelas suas próprias justiças, mas somente após terem os pecados “cobertos”
pelo sangue da expiação de um animal, que apontava para o sacrifício perfeito
de Cristo. Com isso, eles foram aceitos diante de Deus, e o povo foi abençoado.
Pense!
Por que Deus estabeleceu tantas
regras para receber a adoração do seu povo? Não poderia ser mais simples?
Ponto Importante
A Queda deixou tudo complicado para o
homem. A única forma de resolver o problema do pecado era Deus assumi-lo em
nosso lugar através de Jesus Cristo.
III. COMUNHÃO NO DESERTO
1. Tempo de comunhão. Os filhos de Israel estavam no deserto do
Sinai; o censo já havia sido feito, e o lugar de cada tribo no acampamento já
havia sido determinado. Então eles foram lembrados a respeito de algumas leis e
Arão e os levitas foram consagrados. Agora, o Todo-Poderoso deseja abençoá-los
e cultivar a comunhão com eles.
O capítulo 9 do livro de Números
mostra uma nova etapa do relacionamento do povo com Deus. Para marcar esse
tempo, Deus ordena: “No dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo
determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os
seus ritos, a celebrareis” (Nm 9.3). Serão momentos de festa e alegria, mas as
regras, os estatutos, também não poderiam ser esquecidos. Por que, então, há
pessoas que querem servir a Deus sem se submeterem à normas ou regras?
2. Exigência divina. Em Números 9.6-13, vemos que Deus ordenou a
celebração da Páscoa, porém alguns homens reconheceram que não estavam
preparados para tal celebração. O que fazer? Deus respondeu que não dispensaria
a adoração deles, providenciando, por isso, um dia alternativo para a comunhão,
pois todos são importantes diante do Pai.
Impressionante como, por vezes,
alguns cristãos deixam de participar da Ceia do Senhor por qualquer outro
compromisso. Deus levava a festa da Páscoa (que Jesus celebrou como a ordenança
da Ceia) tão a sério que, caso alguém faltasse sem justificativa plausível,
deveria ser eliminado do povo.
3. Igualdade dos adoradores. Quando os hebreus saíram do Egito veio também
uma multidão de pessoas gentias com eles. Deus, nesse momento de comunhão no
deserto, lembrou-se delas: “E, quando um estrangeiro peregrinar entre vós e
também celebrar a Páscoa ao Senhor, segundo o estatuto da Páscoa e segundo o
seu rito, assim a celebrará; um mesmo estatuto haverá para vós, para o
estrangeiro como para o natural da terra” (Nm 9.14). Há igualdade entre os
adoradores, pois Deus não têm filhos prediletos. Aqueles que se achegam a Ele,
independente de suas etnias, são recebidos alegremente pelo Pai amoroso.
Pense!
Por que o Senhor escolheu o deserto
para ter comunhão com seu povo? Não teria sido melhor um lugar mais
confortável?
Ponto Importante
Deus, às vezes, deseja que seus servos
“reduzam a marcha” e sentem-se à mesa com Ele; neste caso, o deserto é o lugar
ideal, porque lá tem poucas distrações.
CONCLUSÃO
Deus criou mecanismos para que os
hebreus entrassem pelo caminho da perfeição moral e da pureza, mas eles, ao
contrário, amaram os deleites do Egito. Se a busca pela santidade tivesse se
tornado a coisa mais importante para eles, o fim da história dos que
atravessaram o mar Vermelho seria diferente. Com isso, é pertinente inquirir:
“O que é mais vantajoso: viver em santidade ou em constante anelo pelos desejos
carnais?”.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico: Antigo Testamento, Gênesis a Deuteronômio. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2010.
HORA DA REVISÃO
1. Segundo
a lição, qual era o maior desafio dos hebreus?
O maior desafio dos hebreus era ser um povo santo.
2. Segundo
a lição, quais os três tipos de pureza que Deus exigia com urgência do povo?
Pureza social, relacional e espiritual.
3. Onde
está escrito que “contra Jacó não vale encantamento”?
Números 23.23.
4. Qual
foi a primeira festa celebrada no deserto do Sinai?
A Páscoa.
5. Qual
o castigo para quem faltasse à celebração da Páscoa sem existir uma justa
causa?
Seria eliminado do povo.
SUBSÍDIO I
“As ofertas dos príncipes (Nm 7.1-9).
Aqui está a oferta dos príncipes das
tribos para o serviço do Tabernáculo. Quando isto ocorreu: Não antes que o
Tabernáculo tivesse sido completamente erigido. Quando todas as coisas já
estavam concluídas, no Tabernáculo, e o arraial de Israel, que o rodeava,
estava de acordo com as instruções recebidas, então eles, trouxeram seus
presentes, aproximadamente no oitavo dia do segundo mês. Observe que as
cerimônias necessárias sempre devem tomar o lugar das ofertas voluntárias:
primeiramente, aquelas, e então, estas.
Quem os oferecia: Os príncipes de Israel, os cabeças da casa de
seus pais, v.2. Observe que aqueles que estão acima de outros, em poder e
dignidade, devem ir à frente deles, e esforçar-se para ir além deles, em tudo o
que é bom. Quanto mais alguém é promovido, mais se espera dele, por causa da
maior oportunidade que tem de servir a Deus e à sua geração. Para que servem a
riqueza e a autoridade, se não para capacitar um homem a fazer o bem ao mundo,
em muito maior quantidade?
O que foi oferecido: Seis carros cobertos, cada um deles com um
jugo de bois que o puxava, v.3. Sem dúvida, estes carros estavam em
conformidade com os demais utensílios do Tabernáculo, e seus acessórios, os
melhores do seu gênero, como as carruagens que os grandes príncipes usam quando
saem em seus desfiles” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Antigo
Testamento, Gênesis a Deuteronômio. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010,
pp.459,460).
SUBSÍDIO II
“Através de Abraão e sua semente,
Deus formaria uma nação sagrada, pela qual sua glória seria manifestada em toda
a terra. Ele deu a essa nação um conjunto de leis e normas únicas e gloriosas
para viver; princípios maravilhosos de santidade e divindade que seus filhos
deveriam obedecer com todo coração, alma, mente, força, pois eles amavam o autor.
A glória de Deus seria revelada através das bênçãos que Ele conferiu ao seu
povo obediente. Porém, a desobediência levaria à disciplina e o castigo […].
Sabemos o que aconteceu. Israel
preferiu desobedecer […].
A falta de santidade conduz à
inutilidade do Reino de Deus. Sempre foi assim, e sempre será.
A santidade é para um cristão o que a segurança contra a água é para um
navio. Mas o objetivo de um navio de guerra não é simplesmente manter a água
fora do seu casco. Seu propósito é entrar na guerra, lutar e trabalhar para
conseguir a vitória. Não entrar na batalha torna o navio inútil à nação que o
construiu, e o cristão que não entra na guerra pelas almas dos homens torna a
crença inútil. Ele deve se envolver na batalha para a qual o Pai o chamou” (DANIELS,
Robert. Pureza Sexual. 1ª Edição. RJ: CPAD: 2011,
pp.41,42,47,50).
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