LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADOLESCENTE - 1º Trimestre de 2019 - Lição 2- Em Deus,nosso Pai


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
Adolescentes

1º Trimestre de 2019

Título: Cremos 
Comentarista: Marcelo Oliveira

Lição 2- Em Deus,nosso Pai
Data: 13 de Janeiro de 2019

TEXTO BÍBLICO: joão 3.16,17; Mateus 6.9-13
DESTAQUE “Vejam como é grande o amor do Pai por nós! O seu amor é tão grande, que somos chamados de filhos de Deus e somos, de fato, seus filhos. Ê por isso que o mundo não nos conhece, pois não conheceu a Deus” (1Jo 3.1).


LEITURA DEVOCIONAL
SEG……………………………………………………….Jo 1.18
TER……………………………………………………….Jo 6.27,45,46
QUA………………………………………………………At 13.33
QUI……………………………………………………….Rm 8.15
SEX……………………………………………………….1Co 1.3;8.6 SÁB……………………………………………………….Gl 1.1-4;4.6
DOM………………………………………………………1Pe 1.2

Objetivos- Demonstrar como Deus se revela na Bíblia;– Destacar o caráter de Deus através dos seus nomes revelados na Bíblia;– Elencar os atributos de Deus. 
Material Didáticos Sítes especializados, revistas, livros, pinturas artísticas e a Bíblia.

Quebrando a Rotina Olá, professor! A fim de concluir a aula desta semana, sugerimos a você explorar a criatividade dos alunos. Leve para a classe diversos recortes de sites especializados, ou de desenhos, reproduzidos por pinturas artísticas ou outras fontes que revelem os deuses de diversas culturas. Seus alunos se identificarão com estas imagens, pois, certamente, as acessaram na escola ou assistiram desenhos animados.
Depois, peça para eles ditarem as características da respectiva divindade. Ouça os alunos atentamente. Por exemplo, os deuses da Mitologia Grega são apresentados como seres fortes, violentos e raivosos.
Em seguida, abra a Bíblia no Evangelho dê João, capítulo 4, nos versículos 19-24 e leia atenciosamente com toda a classe. Afirme que, diferentemente do que a mitologia mostra, não há formas possíveis de compararmos a imagem do Deus verdadeiro- Porque Ele é Espírito. Adoramos um Deus único é verdadeiro e que enviou o seu Filho para nos dar vida em abundância. Deus continua desejoso em se revelar plenamente ao homem. E esta plena revelação é Jesus Cristo, o nosso Senhor (Cl 2.9)!
Caro, professor! Algo deve ficar claro na aula desta semana: o Deus Pai se revelou de maneira profunda e suficiente na sua Palavra. Não há outro meio de conhecermos a Deus, senão, por intermédio do seu único Filho, Jesus Cristo, e através da sua Palavra Santa, a Bíblia.
Hoje, por meio da internet e da rede social, os adolescentes acessam diversas culturas e estilos de vida. Nesta faixa etária, tudo é novidade e nada se despreza; tudo é motivo para conhecer e verificar.
Embora muitos sejam alertados pelos seus pais, ou responsáveis, sobre o que se deve ou não fazer, ao professor cabe a árdua missão de acompanhares adolescentes em tudo o que idealizam. Isto significa se especializarem assuntos em que você normalmente não se interessa: acompanhá-los nas redes sociais; e não ter medo dos questionamentos desconcertantes. Não obstante, a maioria das dúvidas que eles apresentam, nós também tínhamos quando éramos mais jovens. Incentive a leitura da Bíblia entre efes. Faça um plano de leitura mensal, ou semestral, e proponha que leiam a Palavra de Deus. O plano pode começar pelos Evangelhos. A Bíblia é a fonte da revelação de Deus!
O único livro em que é possível conhecer como Deus se revelou aos homens é a Bíblia, a Palavra Eterna. Nesta lição estudaremos a forma de Deus revelar-se a nós através da sua Palavra. Embora conheçamos em parte; neste estudo temos de nos conscientizar de que Deus é bom. £ que, através de Jesus Cristo, podemos nos relacionar com Ele. Deus está pronto a nos ouvir, perdoar, atender e consolar: “Porque, como alguém disse: ‘Nele vivemos, nos movemos e existimos”‘ (At 17.28).

COMO DEUS APARECE NA BÍBLIA — A QUESTÃO DOS NOMES

A existência de Deus é declarada na Bíblia. E para nos relacionarmos com Ele precisamos crer que Deus existe: “Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor” (Hb 11.6). Uma dica legal para nos aproximarmos de Deus é estudarmos os nomes que aparecem na Bíblia para mencionar a Sua Pessoa. Sim. Deus Pai é uma pessoa, a primeira da Santíssima Trindade.
Por que iniciar o nosso estudo sobre Deus pelos nomes relacionados a Ele?Por exemplo, cada nome pessoal tem um significado. O seu tem um sentido; o meu, outro. O meu nome, Marcelo, significa “proveniente do planeta Marte”. Então eu seria um marciano? Claro que não! Mas como este nome vem do latim e a nossa língua portuguesa é oriunda da latina, o termo Marcelo transfere o mesmo sentido que o nome tem na língua latina para a nossa língua portuguesa, isto é, “ligado à família, emotivo, corre o risco de exagerar com os cuidados pessoais”. Quando os meus pais escolheram esse nome não o fizeram pelo significado da palavra, mas por acharem bonito. Geralmente, há algum tempo, os pais quando escolhiam o nome do filho não sabiam do significado. Pode ter sido assim com os seus pais, não sabiam o significado do seu nome. Mas esteja certo: escolheram pensando no melhor, ainda que não pareça… Pesquise a origem do seu nome, pois é um exercício importante.
Variados nomes aparecem na Bíblia para representar Deus e a sua relação com o seu povo. Se Deus livrasse o povo de um mal, logo o nome dado pelo autor bíblico a Ele era fiel a experiência desse livramento. É o mesmo que ocorre com o seu apelido. Quando alguém te põe um apelido, geralmente contra a sua vontade, a pessoa está sendo fiel ao máximo a seu comportamento ou procedimento por você adotado. Igualmente, os nomes de Deus estão de acordo com as ações que Ele realizou e realiza no mundo e através delas o conhecemos. Tais nomes trazem importantes características divinas.


AUXILIO TEOLÓGICO A EXISTÊNCIA DE DEUS 

O Deus Único. A existência de Deus é um fato incontestável. A Bíblia não se preocupa em provar essa existência, mas começa o seu primeiro versículo falando de Deus, mostrando-o como o principal personagem em todo o universo. ‘No princípio, criou Deus os céus e aterra’ (Gn l.l). Deus existe desde a eternidade e Ele é a origem de tudo, aquEle que tudo governa e sustenta.
Uma consequência do pecado é a cegueira característica dos incrédulos – ocasionada pelo príncipe deste século, para que não vejam a glória de Deus (2 Co 4.4). Nessa cegueira espiritual, os homens se fizeram deuses e senhores. A Bíblia afirma: Há muitos deuses e muitos senhores’ (1Co 8.5). Porém, no meio desses deuses que estão espalhados sobre o vasto campo deste mundo, como pedrinhas de todo tamanho, ergue-se o Deus verdadeiro como uma grande colina que se distingue dessas pequenas pedras pela sua incomparável grandeza. A Bíblia afirma: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor’ (Dt 6.4) e ‘Nenhum outro há, senão ele’ (Dt 4.35; Is 42.8 e 44.6,8). Verdadeiramente, ‘Só o Senhor é Deus'(1Rs 18.39).Daí a necessidade de que ‘conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor’ (Os 6.3). A Bíblia diz: ‘Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe’ (Hb 11.6). Os que crerem em Deus e o buscarem legitimamente experimentarão ‘que ele existe e que é galardoador dos que o buscam’ (Hb 11.6)” (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de janeiro: CPAD, 2005, p.20).


OS NOMES DE DEUS Um estudioso da Bíblia, de nome Myer Pearlman, já falecido, destacou cinco nomes mais comuns de Deus ao longo da Bíblia Sagrada: Elohim; Jeová; El; Adonai; Pai.


a) Elohim.Pronunciamos “ELORRIM”. A palavra representa a forma plural do termo “Deus” no Antigo Testamento. A Bíblia descreve “Deus” como o Criador do universo, mas em comunhão com outras pessoas da trindade: “Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco” (Gn 1.26). Então “Elohim” nos traz a ideia do Deus Criador, que ao mesmo tempo, tem comunhão com as outras pessoas da Santíssima Trindade: o Filho e o Espírito Santo.


b) Jeová.Este nome é a forma derivada da língua portuguesa da palavra YeHoVaH. Esta pode ser lida assim “IERROVÁ”. Tal palavra mostra um Deus que opera em favor do povo que o busca. Por isso, ao longo do Antigo Testamento vamos encontrar várias expressões do povo judeu em relação a Jeová:Jeová-Rafá, o Senhor que os cura (Êx 15.26);Jeová-Nissi, o Senhor é minha bandeira, isto é, Ele vence o injusto (Êx 17.8-15);Jeová-Shalom, o Senhor é Paz (Jz 6.24);Jeová-Roí, o Senhor é o meu pastor (SI 23.1);Jeová-Tsidkenu, o Senhor é a nossa justiça (Jr 23.6);Jeová-Jireh, o Senhor proverá (Gn 22.14);Jeová-Shammá, o Senhor está aqui (Ez48.35).


c) El.E uma palavra do Egito que significa “Deus”, mas é usada com outras combinações de palavras, tais como:
El-Elyon (“Deus Altíssimo”, Gn 14.8-20);EL-SHADDAI (“Deus todo-poderoso”, Ex6.3);EL-OLAM(“o Deus eterno”, Gn 21.33).


d)Adonai.Este nome significa “Senhor” ou “Mestre”. Ele nos traz uma ideia de governo e domínio. Ou seja, Deus domina sobre o planeta Terra bem como toda a dimensão do universo ao qual pertencemos (Ex 23.17; Is 10.16,33).


e) Pai.Um dos nomes que mais aparece em o Novo Testamento. Este descreve principalmente Deus como a fonte de todas as coisas. Aqueles que são alcançados por Jesus de Nazaré podem ser chamados de seus filhos (At 17.28; Jo 1.12,13). É um termo que denota o amor do Pai para com o seu filho (Lc 15.11-32). Deus nos ama!


AS QUALIDADES DE DEUS Além dos nomes de Deus, a Bíblia descreve algumas qualidades sobre Ele que podem ou não ser encontradas em nós.Qualidades que podem ser encontradas em nós:


a) Deus é Santo (Ex 15.11; SI 5.4; Lc 1.49; Tg 1.13).Quantos colegas nossos acham desnecessário falar de santidade. A palavra santidade significa “separação”. Ora, não é separado das pessoas que amamos ou nos relacionamos. Separados de tudo aquilo que contraria a vontade de Deus para nós e consagrados para o Deus Santo.


b) Deus é Justiça (Gn 18.25).Alguém uma vez disse que “Justiça é a santidade em ação”. Você acha justo colar na prova? Alguém roubar um conhecimento que não adquiriu? Um colega se esforçou em estudar, dedicou-se ao máximo, mas chega outro, que não estudou nem se esforçou e rouba o conhecimento do outro colega na hora da prova. Isto é justo? Deus é justiça. Devemos ter fome e sede de justiça (Mt 5.6).


c) Deus é Fiel (Êx 34.6; Hb 6.18).Deus é digno de toda confiança, pois a sua palavra não falha. Nos círculos da nossa amizade quem é digno de inteira confiança? O nosso Deus sim. Ele não trai ninguém. Devemos ser fiéis a Ele!


d) Deus é Misericordioso (Tt 3.5; Lm 3.22).Misericórdia é a capacidade de sentirmos compaixão pelo sofrimento das pessoas. Oferecer alívio ao próximo, ao necessitado.Deus se entristece quando portermos razão, castigamos e desdenhamos do nosso colega que errou para conosco. Assim como uma pessoa erra contra nós, também estamos suscetíveis ao erro.


e) Deus é Amor (1 Jo 3.1; 4.9,10).Preste atenção nesta afirmativa: ” Deus é amor”. Amor para Deus não é uma questão ou não de amar. Ele é só amor! Prova disso, Ele deu o seu Filho em favor de nós. E deseja que na mesma medida amemos o nosso próximo. Pois não podemos dizer que o amamos quando não amamos quem está ao nosso lado, a quem vemos todos os dias. Segundo o Evangelho, amar não é discurso, mas prática de vida de quem tem Jesus como o Senhor.


Qualidades que não podem ser encontradas em nós:a) Deus é Onipotente (Gn 1.1; Mt 19.26).Onipotência significa a liberdade de Deus fazer tudo que esteja de acordo com a sua vontade. Mesmo assim, Ele respeita a nossa vontade.b) Deus é Onipresente (At 7.48,49; Ef 1.23).Ele não pode ser limitado por espaço e tempo.
Com a gente é bem diferente. Não podemos estar distraídos e ao mesmo tempo estudar. Mas Deus pode estar no Brasil, como no Japão, no outro lado do mundo. Ele é Espírito!
c) Deus é Onisciente (At 15.8,18; Rm 8.27.29).Ele conhece todas as coisas. O conhecimento de Deus é perfeito. Ainda que lêssemos todos os livros do mundo, algo impossível, nós não conheceríamos tudo.d) Deus é Soberano (Mt 20.15; Rm 9.21).Ele governa a humanidade como bem lhe apraz. Sua vontade sempre é a melhor, embora nem sempre pareça boa para nós.


AUXILIO TEOLÓGICOA Bíblia não é prioritariamente sobre o homem. Seu tema é Deus. Ele (se a frase for permitida) é o ator principal da história no drama, o herói da história. A Bíblia é uma visão factual do seu trabalho nesse mundo – passado, presente e futuro, com comentários explanatórios de profetas, salmistas, sábios, e apóstolos. O seu tema principal não é a salvação do homem, mas a obra de Deus vindicando seus propósitos e glorificando-o num cosmos pecaminoso e desordenado. Ele faz isto estabelecendo o seu reino e exaltando o seu filho, criando um povo para adorá-lo e servi-lo, e enfim, desmantelando e reagrupando esta ordem de coisas, erradicando o pecado deste mundo.
É dentro desta larga perspectiva que a Bíblia ajusta a obra de Deus de salvar homens e mulheres. Ela descreve Deus como mais do que um arquiteto cósmico distante, ou um titio celestial onipresente, ou uma força de vida impessoal. Deus é mais que qualquer deidade inferior substituta que habita as mentes do século XXI. Ele é o Deus vivo, presente, ativo em toda parte, ‘glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas’ (Êx 15.11). Ele dá a si mesmo um nome -Yahweh (Jeová [Senhor]; veja Êx 3.14,15; 6.2,3), o qual seja traduzido por lEu sou o que sou’, ou Eu serei o que serei’ (o hebraico significa ambas as coisas), é uma proclamação de sua auto existência e auto suficiência, sua onipotência e sua liberdade ilimitada de agir.
Este mundo é de Deus; Ele o fez e Ele o controla. Ele ‘faz todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade’ (Ef 1.11). Seu conhecimento e domínio estendem-se às menores coisas: E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados’ (Mt 10.30). O Senhor reina’- os salmistas fazem desta verdade imutável o começo de seus louvores, repetidas vezes (veja  SI 93.1; 96.10; 97.1; 99.1). Embora assolem forças hostis e ameace o caos, Deus é rei. Por conseguinte, seu povo está a salvo” (O Plano de Deus Para Você. Rio de Janeiro, CPAD, 2011, pp.22,23).


O RELACIONAMENTO COM DEUS

Nenhuma destas informações terá valor senão conhecermos Deus de todo o coração. Isto só pode ser possível através do seu Filho, Jesus Cristo: “Quem vê a mim, vê o Pai”, (Jo 14.7). Ainda que tenham te apresentado uma imagem distorcida do Pai — um carrasco, um castigador, um opressor — lembre-se: algumas pessoas compreendem Deus de maneira errada, transmitindo ideias sobre Ele igualmente equivocadas. Pode acontecer comigo, com os nossos pais e com quaisquer pessoas. O mais importante é que Deus, o amoroso Pai, está acima disso tudo.
RecapitulandoNa aula desta semana estudamos a respeito de Deus, o Pai, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. Vimos que a Bíblia Sagrada descreve o seu caráter através dos nomes: Elohim; Jeová; El; Adonai; Pai. Aprendemos também que o Pai tem diversas qualidades. Umas das quais podem ser vistas em nós, são: santidade, justiça, fidelidade, misericórdia e amor. E outras que compete apenas a esfera divina: onipotência, onipresença, onisciência e soberania.Nesta lição fomos incentivados a nos relacionar com Deus, por meio de Jesus de Nazaré, em amor. Esta é a fiel revelação de Deus para nós. Quem vê Jesus, vê o Pai. Nunca é tarde para iniciarmos um relacionamento de amor com Deus através de Cristo Jesus, o seu Filho.
Refletindo

1. Em sua opinião, qual a única fonte de informação fidedigna sobre Deus?A Bíblia. Professor, use esta oportunidade para reafirmar a Bíblia como a fonte inesgotável da revelação de Deus.
2. Para nos relacionarmos com Deus é preciso crer que ele existe. Mas como crer num ambiente de descrença?O Senhor Jesus disse: “Bem aventurado os que não viram e creram” (Jo 20.29). Não precisamos ver para crer. Mesmo num ambiente de descrença, o Espírito Santo continua a convencer o ser humano do seu pecado, da justiça e do juízo.
3. Basta apenas conhecer Deus na teoria, desassociado da prática?Não. A experiência pessoal com o Deus da Bíblia é essencial para conservar a fé em Jesus.


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